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  • Foto do escritorLetícia Barros

Agricultura familiar

A diversidade econômica passa por esse caminho em Nova Lima



Desde a fundação, a vocação econômica de Nova Lima tem sido a exploração minerária e a prestação de serviços, uma realidade que precisa ser alterada, visto que a safra do minério é finita. Mas, não só por isso. A riqueza de uma cidade, estado ou país, não está no bolso das famílias, em forma de dinheiro. Está na produção local. Somos tão ricos quanto aquilo que conseguimos produzir. Dinheiro é uma cédula, o que gera a fortuna chama-se trabalho, produção e produtividade. O quanto de matéria importante e necessária consegue-se gerar com o menor custo e impacto ambiental, Isso é fortuna. Isso é uma cidade rica.


Para Nova Lima, a diversificação econômica é maior do que sobreviver à escassez mineral. Inclusive, não é necessário que o metal acabe para que se inicie esse propósito, principalmente, se baseado na prosperidade das famílias. Entre os variados ramos que o indivíduo pode investir para atuar de maneira a gerar economia, existe um essencial. O setor alimentício, mais precisamente, a agricultura. No país em que tudo que se planta dá, as pessoas não se dão conta de que batata doce não nasce na prateleira do mercado. E melhor ainda. CULTIVAR o tubérculo pode gerar riqueza, para si e para outros.


Primeiros frutos


Apicultura familiar / Emater Nova Lima

Para evidenciar a importância da agricultura na cidade, o Rede Nova Lima conversou com a autoridade no assunto em Minas Gerais, a Empresa de Assistência Técnica Extensão Rural de Minas Gerais, Emater, uma estrutura do governo estadual, em parceria com os municípios. O intuito é desmistificar a sensação de que Nova Lima apenas pode oferecer metal. A cidade já produz cogumelo in natura e com valor de mercado agregado, sendo em pó e em conserva. Há também apicultores, que produzem mel e própolis, além dos horticultores, que produzem hortaliças e frutas. Desde pequenos sítios, até propriedades maiores. Todos auxiliados pela Emater, em parceria com a prefeitura.


“Os produtores, de um modo geral, eram invisíveis das políticas públicas do município, mas, temos tentado fazer um trabalho junto a essas pessoas”, comenta o extensionista agropecuário, Gleidson Guerra, da Emater/Nova Lima. O órgão apoia os agricultores e produtores regionais por meio de acompanhamento técnico, formalização do negócio, organização de documentos e legalização da produção. Atualmente, a Emater trabalha com seis agricultores familiares, sendo que até 2018, não havia nenhum reconhecido pela legislação, com documentos em mãos, segundo Gleidson.


Apicultor familiar: Janiel de Morais e Sofia Morais / Emater Nova Lima

Mudança de ramo

O técnico ressalta que os produtores de Nova Lima exerciam outras atividades econômicas antes de investir em agricultura familiar, mas, ao mudar de ramo, têm obtido sucesso. “A produção deles, inclusive, atende a uma lei específica (11.947/2009), a qual determina que os municípios comprem da agricultura familiar, no mínimo, 30% do recurso repassado pelo governo federal, para alimentação escolar”, comemora.


Pedaço de chão

Anteriormente, a agricultura familiar era permitida apenas em áreas rurais, mas, devido às novas leis, específicas, o segmento foi permitido em territórios urbanos. Sendo assim, o homem que saiu do campo, agora, precisa utilizar de sabedoria e trazer o campo consigo, pois, a urbanização não vive sem o plantio. “Para ingressar nesse ramo, é preciso uma área mínima de 500 metros quadrados para cada lavoura e que tenha certo fluxo de produção e venda, sendo que a agricultura tem que ser a principal fonte de renda da família”, explica Gelidson.


O conceito de agricultura familiar é de que a gestão da propriedade é compartilhada pela família e a atividade produtiva agropecuária é a principal fonte geradora de renda. Além disso, o agricultor familiar tem uma relação particular com a terra, seu local de trabalho e moradia. A diversidade produtiva também é uma característica marcante desse setor, pois muitas vezes alia a produção de subsistência a uma produção destinada ao mercado.


Fonte de riqueza

O setor em Nova Lima tem potencial para dar passos largos. A terra, com boa vontade, inteligência e investimento, pode produzir alimento. Caso as pessoas sejam despertadas para tal, a riqueza produzida pode ser melhor distribuída por meio da agricultura familiar. Um segmento que não depende de um grande investidor financeiro, como acontece na mineração. Com a Emater, os interessados recebem orientação e consultoria técnica, além do auxílio para o planejamento produtivo, com assistência técnica, capacitação, qualificação no segmento produtivo e para abertura de mercados.


Em Nova Lima, a Emater atende 18 agricultores familiares, sendo que seis deles participam do Programa de Alimentação Escolar (PNAE). A empresa atende também o setor agropecuário e as agroindústrias artesanais, caseiras, com produção de quitandas, Quecas e Lamparinas. Além do Gleidson Guerra, a empresa conta com mais dois colaboradores Cristiane Perdigão (técnica extensionista) e Helena Cláudia (administrativo).




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