Ponto de Vista
Além de ser a causa de diversos problemas sociais ligados ao vício, como o desemprego, divórcio, acidentes de trânsito, depressão, entre outros, as bebidas alcóolicas, agora, entram na lista das substâncias cancerígenas. Cientistas norte-americanos encontraram a primeira evidência, em humanos, de que o consumo de álcool aumenta o risco de aparecimento de alguns tipos de câncer, como o de esôfago, por exemplo.
Segundo a autora Silvia Balbo, que chefiou o trabalho, o corpo humano metaboliza – ou seja, quebra – as moléculas de álcool contidas em cervejas, vinhos e destilados. Uma das substâncias formadas a partir desse metabolismo é chamada de "acetaldeído", que tem estrutura parecida a um conhecido composto cancerígeno, o "formaldeído" - relacionado a tumores nos pulmões, nariz, cérebro e sangue. Voluntários, ingeriram até três doses crescentes de vodka, uma vez por semana, e o experimento constatou o aumento dos níveis de alteração no DNA de até 100 vezes nas células da boca e do sangue, sinal de perigo para aparecimento do câncer.
Conforme a pesquisadora, a maioria das pessoas tem um mecanismo de proteção natural, altamente eficaz, contra o efeito do álcool no DNA – uma enzima que converte o acetaldeído em acetato, uma substância relativamente inofensiva. No entanto, existe um grupo de pessoas, entre elas estão 1,6 bilhão de origem asiática que não têm essa enzima. Os cientistas dizem que a maior parte dos indivíduos não desenvolverá câncer por beber socialmente; o duro é saber em qual parte do grupo a pessoa está. Nesse caso, é melhor prevenir que remediar; lembrando que o álcool traz outros problemas de saúde – ao fígado, cérebro e outros órgãos, além de aumentar os riscos de acidentes no trânsito.
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