Café com Dopamina
Neurociência e Performance Humana
Você já se arrumou poderosamente para ir a algum lugar, mas ficou se sentindo mal e com receio de alguém te julgar pela sua roupa? Tem necessidade de aprovação das pessoas? Se compara com outra pessoa e acha que ela está melhor do que você? Já se comportou tendo como referência outras pessoas? Quando alguém te faz um elogio, você acha que a pessoa está só tentando te agradar? Fica frustrada quando tem dificuldade de se posicionar para não desagradar alguém e acaba se chateando por isso?
Se você respondeu "Sim" para pelo menos dois destes tipos de comportamentos, provavelmente essa entrevista com a terapeuta, especialista em sexualidade, coach de relacionamento e de educação familiar, Joana Moraes, poderá te ajudar a melhorar sua performance e para que você se valorize mais.
Tatiana: Qual a relação da autoestima com a aparência?
Joana Moraes: Atualmente, muito se fala em autoestima, principalmente para as mulheres. Esse discurso sempre vem recheado de sugestões de compras para melhorar o visual e, infelizmente, muitas de nós caímos nessa armadilha.
Eu digo “infelizmente” porque acredito que a autoestima elevada vem muito antes da aparência e isso não exclui a importância desse cuidado. Entretanto não é só isso!
Pela minha experiência no atendimento de mulheres, percebo que a grande maioria foca, apenas, nos cuidados com o visual e aquilo que ninguém vê está em farrapos. É isso mesmo! Muitas mulheres lindas, bem-sucedidas e de bom coração, estão com a autoestima lá no pé, se sentindo um lixo. Isso acontece por vários motivos, mas quero destacar aqui apenas três:
1- A crença trazida culturalmente, de geração para geração, de que mulheres vieram ao mundo para servir aos homens e as outras pessoas;
2- A herança de uma educação familiar repressora, preconceituosa e, muitas vezes abusiva, em relação às mulheres;
3- Uma sociedade competitiva, consumista e machista que submete a mulher à crença de que, para ser aceita pelos homens, ela precisa se encaixar num padrão de beleza irreal.
Crescemos com muitos bloqueios, sensação de rejeição, abandono e com a incapacidade de sermos quem desejamos ser de verdade, porque precisamos diminuir nossos sonhos e sucumbir nossas vontades para caber no sonho de alguém. Isso, na grande maioria das vezes, no sonho dos pais e do marido. Pois é, esse, o objetivo o qual fomos ensinadas a conquistar: o casamento.
Tatiana: Como fazer para elevar a autoestima tão ameaçada por todos os fatores internos e externos?
Joana Moraes: Eu ajudo às mulheres por meio de 12 dispositivos que são poderosos para manter a autoestima lá em cima, mas, neste artigo, vou falar apenas de cinco.
E aqui quero trazer, resumidamente, os “5 Super As”
· Aceitação – de quem você é: suas origens, seu corpo, sua história.
· Autorresponsabilidade – para ter clareza que agora é com você e não adianta responsabilizar ninguém.
· Autoamor – para se livrar das culpas do passado e valorizar a própria história para seguir em frente.
· Autoconhecimento – para identificar a origem de suas forças, suas fraquezas, saber do que gosta, do que não gosta, como funciona seu corpo e seu coração para aprender a lidar com tudo isso da forma mais leve possível.
· Autocuidado – para aprender a cuidar do corpo, da mente, das emoções e do seu espaço no mundo.
Em meus atendimentos, para cada A, eu trago uma série de exercícios que, degrau por degrau, têm o poder de elevar a autoestima, transformando a tristeza e frustração em leveza, alegria e empoderamento.
Estarmos atentos (as) aos 5 Super As sugeridos pela terapeuta é uma alternativa para que consigamos olhar para o nosso interior e avaliar como nos comportamos, agimos e pensamos no dia a dia sobre a nossa imagem.
Qual o valor você faz de si mesmo?
Foto: Joana Moraes
Terapeuta, Especialista em Sexualidade, Palestrante, Coach de Relacionamento e de Educação Familiar
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