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  • Foto do escritorLetícia Barros

Conserva na própria história um memorial sobre Nova Lima

Biblioteca Pública


Quando o casarão da Biblioteca Pública Anésia de Matos Guimarães foi fechada, em 2013, as más condições do prédio pareciam irreversíveis. O imóvel, inclusive, estava condenado pela Defesa Civil. Logo um espaço que por muitos e muitos anos foi o ponto de encontro para realização de pesquisas e leituras - essencial na construção do saber - chegou ao ponto de quase desabar devido à falta de cuidados por parte da administração pública. Abaixo dos 60 anos, hoje, quem nunca frequentou a biblioteca pública, dentro daquele silêncio profundo com os coleguinhas de classe?


Nostálgica e ingênua lembrança, aparente, apenas. Pois esse lado escuro da história da Biblioteca Pública Anésia de Matos Guimarães aponta para o sucateamento do município de Nova Lima, vivido por quase 20 anos. A condenação não acontecia apenas com o prédio, mas, com a comunidade que pertencia à biblioteca, desrespeitada e saqueada por interesses que não públicos. Então, o casarão fechado por 10 anos, sem condição de acesso, as repostas eram as mesmas. O município não tem condições de recuperar o espaço.


No entanto, em 2019, após equilibrar as contas do município, o então governo municipal, na gestão de Vitor Penido, por meio da Secretaria Municipal de Cultura deu início à obra que parecia impossível. Dessa forma, a beleza e a raridade da biblioteca, tão nova-limense, foram restauradas. Além de revitalizada, recebeu um anexo com dois pavimentos, nos fundos do imóvel, interligando à edificação principal por uma passarela. Também foram instaladas duas plataformas elevatórias para garantir a acessibilidade de todos.


A prefeitura substituiu o telhado da edificação, revitalizou o piso, as esquadrias de madeira, os banheiros e restaurou as pinturas decorativas da fachada e do salão principal. O trabalho criterioso, pois o imóvel é tombado, manteve as características singulares com fidelidade desde sua construção original. Os livros foram sanitizados, a prefeitura adquiriu novos mobiliários, lustres, computadores e novas obras literárias para a composição do acervo.


No período em que o casarão da biblioteca ficou fechado, uma boa parte do acervo permaneceu no imóvel, sem acesso para população. O serviço de pesquisa passou para outros endereços, no centro da cidade, mas sem o empréstimo de livros para leitura, o qual funcionava por meio de um cadastro, em que o leitor tinha uma ficha. Quem lembra? Em 2018, a biblioteca mudou de endereço e o tradicional serviço de empréstimo foi reativado, no bairro retiro, por meio da Secretaria Municipal de Educação, com acervo de mais de 10 mil títulos e acesso digital.

Antiga residência

O imóvel opulento foi construído entre os anos de 1934 e 1936 para residência da família do Sr. Castor Cifuentes. Na década de 1990, foi adquirido pela Prefeitura de Nova Lima, apresenta estilo eclético, com influência europeia. Há pinturas nas paredes tanto externas quanto internas encobertas por camadas de tintas, sendo que, atualmente, algumas delas passam por processo de restauração. O bem faz parte do patrimônio cultural de Nova Lima. Seu nome é uma homenagem à educadora Anésia de Mattos Guimarães. A edificação foi tombada em 13 de abril de 2000 pelo Conselho Consultivo Municipal do Patrimônio Histórico e Artístico de Nova Lima.


Saraus de poesias e contação de histórias

Ao revitalizar o imóvel, o governo municipal proporcionou mais segurança e conforto aos usuários, acessibilidade às pessoas com deficiência e, também, ampliou os serviços prestados, além de criar um espaço cultural para a realização de eventos, como saraus de poesias e contação de histórias, valorizando os artistas locais.


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