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  • Foto do escritorRodrigo Assunção

Câmara elege Mesa Diretora, mas, nada muda

Giro Político



Na terça feira dia 03 de maio, foi eleita a nova Mesa Diretora que tomará posse em janeiro de 2023. Thiago Almeida (PT) que está em seu primeiro mandato, substituindo seu pai, Flavio de Almeida (PT), é escolhido para o comando da Casa Legislativa que apresenta o maior recurso financeiro da região. Thiago vai administrar cerca de R$ 26 milhões e terá como seu vice Zelino (PP), e, secretariando os trabalhos, Claudinho Valle (PP).


Thiago vem desempenhando um mandato modesto, mas sem sombras de dúvidas foi um grande destaque da Câmara no último pleito. Colocou-se como vereador independente, por mais que sempre tenha acompanhado a maioria da casa nas votações mais importantes; administra há algum tempo a Creche São Judas Tadeu, que fica no Jardim Canada, a qual esteve envolvida em alguns problemas quando falamos de subvenção pública, em suas prestações de contas. Neste ano, foi ao legislativo projeto de lei autorizando a doação de R$ 1,8 a instituição dirigida pelo presidente eleito da Câmara dos Vereadores de Nova Lima.


O interessante foi o placar de votação para eleger a nova Mesa Diretora, os nove vereadores presentes, com exceção de Álvaro de Azevedo, que estava de licença médica, votaram a favor da mesa. Um Legislativo Municipal harmônico não é o problema, mas, no mínimo, mostra a sintonia que a banda anda tocando na Casa, na qual, em sua totalidade, está estregue às vontades do poder Executivo, chancelando todos os atos e aprovando exatamente tudo que o prefeito pede.


Ter uma voz de oposição a um governo sempre é importante, pois, através dela, geralmente são apontadas as falhas que passam despercebidas à vista de quem está ao lado do Executivo. A oposição sempre trouxe grandes frutos às Casas Legislativas, o que geralmente traz mais transparência e efetividade ao setor público. Temos, na Câmara, partidos que sequer conversam em âmbito estadual e nacional, mas estão caminhando junto, lógico, com benefícios incalculáveis de um orçamento gigante e uma prefeitura madrinha das vontades, a qual carrega, ainda, uma fatia enorme dos funcionários desses vereadores espalhados pelo poder Executivo.


A atual legislatura vem diferenciando das ultimas de forma negativa em vários pontos, mas, talvez, esse degaste todo venha da falta de representação do cidadão comum. Pudemos ver, nas ultimas legislaturas, pelo menos, uma voz que represente outro grupo. No governo Vitor, tivemos Flávio de Almeida e Álvaro Azevedo. No governo Cassio Magnani, tínhamos José Guedes, o mesmo opositor eterno de Carlinhos Rodrigues, e dessa forma construía-se grandes debates internos, os quais levavam a voz do povo, mesmo que de maneira minoritária, à evidência e discussão pública.


Acredito que, por esse o motivo, de João Marcelo ter um governo que não consegue ver as reais necessidades do povo da cidade e a Câmara dos Vereadores continua sem desenvolver seu papel. Legisla apenas em favor do governo, não fiscaliza exatamente nada e deixa o povo lutar por seus direitos sozinhos, representando apenas os interesses pessoais. Que Deus possa ter piedade de nossa cidade, pois os escolhidos realmente não representam seu povo.


Câmara pode perder as duas representantes mulheres

A disputa eleitoral desse ano já vem mostrando a dificuldade dos partidos em montar suas chapas, e isso pode ser visto através da quantidade de candidatos que teremos na região. O União Brasil e o Cidadania, partidos de Viviane Matos e Juliana Sales, respectivamente, apostam nas vereadoras com mandato para impulsionar sua votação e aumentarem o numero de cadeiras na Câmara dos Deputados.


As duas vêm sendo tratadas realmente como grandes conquistas partidárias, afinal de contas, uma mulher candidata, com viabilidade de ter boa votação e principalmente, já testadas nas urnas, é difícil de encontrar. Agora, basta saber se essas representantes vão realmente ir para disputa eleitoral e tentar galgar caminhos maiores ou apenas estão emprestando seus nomes para o partido conseguir cumprir a cota mínima de representantes de ambos os sexos na eleição de 202.


Viviane já é acostumada a vir candidata e apresentar baixo desempenho nas urnas, quando candidata a deputada estadual. Agora, vem galgar uma cadeira como deputada federal, acreditando ter maior forma de trabalho, desempenhando o papel de vereadora. Juliana Sales foi candidata em 2018 e apresentou bom desempenho nas urnas. A vereadora tem um compromisso assumido em campanha junto a algumas instituições que não sairia candidata a nada enquanto exercesse mandato eletivo, mas, ela vem descumprindo dia a dia os compromissos assumidos e mostrando que a nova política nunca estará acima dos anseios próprios.


Fato é que nenhuma das representantes parecem dar crédito ou apresso ao seu eleitor municipal, tanto discurso de que precisávamos de mulheres na Câmara que, de fato era marcada na última legislatura apenas por homens, mas, na primeira oportunidade de mostrar que o compromisso está em uma cidade melhor, preferem encarar o pleito eleitoral federal, deixando seu trabalho legislativo de lado para eleger mais candidatos tradicionais em seus partidos.


Deixo claro minha crítica, não à ambição de ambas, por desejarem espaço na política federal e estadual, isto é plausível, mas, nossa Casa Legislativa deixa tanto de cumprir seus deveres que qualquer um integrante da mesma que queira galgar caminhos maiores deveria, no mínimo, ter mostrado mais trabalho e compromisso nos primeiros anos de mandato e apenas depois disto pensar em aceitar convites que carregam interesses partidários em segundo plano.

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