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  • Foto do escritorRodrigo Assunção

Desenvolvimento econômico, o futuro deve ser construído agora

Giro Politico

Imagem de Khusen Rustamov

Nova Lima é considerada uma cidade estratégica, não apenas devido à grande concentração de renda ou grande volume de minério de ferro, mas, também por sua localização. O centro municipal fica a menos de 30 km do centro da capital mineira, a cidade é cortada pela BR-040, uma das principais vias de ligação e escoamento de produtos da região, permitindo uma diversidade de empreendimentos gigante. Até mesmo quando olhamos o relevo, percebemos a região do distrito do Jardim Canadá como um local perfeito para a instalação de grandes empresas e um real incentivo à geração de emprego. Mas, infelizmente, não conseguimos ver isso de forma direta.


Nova Lima não é foco de grandes investimentos e, até mesmo, os já anunciados ainda não saíram do papel e nem sabemos se realmente sairão. Existem algumas multinacionais procurando locais para instalar suas fabricas, como a cervejaria Heineken. Nosso governo poderia investir pesado nessa oportunidade, e sou capaz de dizer que não existe nenhuma prefeitura com mais condições de atrair um empreendimento desse porte, mas, as movimentações não andam nesse sentido.


Na semana passada, comentei sobre certo ex-prefeito, fazendo ponderações em certo vídeo. Ele disse, por exemplo, sobre a via de integração, que ligaria o Jardim Canadá ao distrito de Honório Bicalho, dizendo que seria a construção de uma nova cidade, mas a questão se torna muito mais complexa, pois poderíamos, sim, pensar em uma ligação para o incentivo do setor comercial neste novo eixo, mas não conseguimos fazer um real incentivo a novos investimentos na cidade, nem mesmo em locais já disponíveis. Além de não gerar emprego na cidade, parece que o nova-limense mora muito mais distante da capital, pois nosso deslocamento fica cada dia mais difícil e demorado para ir a BH. O trajeto de, no máximo, uma hora está sendo impactado pela desordem e falta de competência na gestão de obras e do transito.


Nossos governantes parecem conseguir apenas apagar incêndios e o pensamento da cidade do amanhã parece não existir. Não é possível ver efetividade em nenhum dos pontos que impactam diretamente a vida do cidadão. Não se incentiva novos empreendimentos que concentrem uma grande demanda de mão de obra, não se preocupa com o futuro fim das nossas grandes fontes de renda, que em sua grande maioria é derivada da Mineração. É bom lembrar que minério de ferro não rende duas safras.


A falta de investimento em diversificação econômica significa um futuro de desemprego e uma prefeitura sem rendimentos. É possível ver um futuro catastrófico, com falta de emprego e renda e acima de tudo, uma prefeitura sem condição de manter o aparato público necessário por falta de dinheiro.


A prefeitura teve, por diversas vezes, oportunidades para uma transformação verdadeira neste setor. Em sua historia, nossa cidade teve a oportunidade de se construir, consolidar-se como uma das melhores cidades para se viver no Brasil, mas, o que mais encontramos nas mídias sobre a cidade são os grandes escândalos, uma cidade com arrecadação nos céus, mas que já quase quebrou por algumas vezes por ter a frente prefeitos pouco arrojados e com pensamento no benefício próprio ao invés do bem comum. A história recente mostrou uma gestão focada em recuperar as contas públicas, colocar a casa no lugar, direcionando o município ao viés de crescimento e, infelizmente, a falta de tato político administrativo pode, mais uma vez, impedir o futuro e refletir os erros que nos custaram muito caro, por anos, serem novamente implementados.


Transformar a renda advinda da mineração em um futuro melhor é mais que necessário. É o caminho para nossos filhos e netos não viverem momentos de grande aperto e difícil recuperação. Ainda temos tempo, pois a arrecadação em 2021 se mostrou uma das melhores dos últimos anos, agora é ter um bom planejamento para por fim a tantos erros, focar e direcionar o município ao verdadeiro crescimento, nos aproximando da capital por um sistema de transporte mais eficaz, quem sabe até mesmo outros modais e acima de tudo, dando condição do filho desta terra em trabalhar, gastar e viver no seu município, com emprego, renda e um futuro que só vai acontecer se começarmos a construir esse novo caminho agora.


Zema e os desafios da gestão pública



A situação do estado de Minas é muito diferente do que vivemos em Nova Lima. Enquanto aqui dinheiro não falta, o estado é um dos mais endividados do Brasil. Sabemos que os desafios por lá são muitos e parece que o governador Romeu Zema (NOVO) arrumou mais uma preocupação, próximo das eleições. As forças policiais de Minas Gerais resolveram cruzar os braços, e por uma legitima reivindicação. Querem apenas a recomposição salarial, ou seja, ter a correção do salário que vem sofrendo e perdendo o poder de compra todos os dias que se abastece um carro ou vai ao supermercado.


A solicitação é de aumento de 27% e o governador ofereceu apenas 10%. As manifestações das forças de segurança estão sendo convocadas com certa urgência e em uma passeata ocorreu na capital mineira, na quarta feira (09). Inclusive, cogita-se uma parada geral. Não precisamos relembrar o que aconteceu no estado do Espirito Santo quando a policia resolveu cruzar os braços.


A realidade das forças policiais não é diferente dos demais profissionais estaduais. Movimentos grevistas na educação também são observados com certa preocupação, pois nossas crianças foram diretamente afetadas pela pandemia e recuperar o tempo perdido já era um grande desafio sem se pensar em paralizações, agora, imagina enfrentar, no que parece ser o fim da pandemia, uma greve geral. O impacto será sentido diretamente no futuro de toda essa geração que está nas escolas.


A movimentação dos servidores acontece justamente em ano eleitoral, para tentar forçar o atual governo, que busca a reeleição, uma reação que não os deixem em maus lençóis, e o mesmo tentar manter o equilíbrio, pois se abrir as mãos aos servidores, o estado vai voltar a situações calamitosas, com atrasos de salários e aumentos nas dividas públicas. Dentro do sistema privado, no qual o Zema é mais que experiente, os desafios como estes são diferentes. A crise bate à porta e algumas ações podem ser tomadas de forma diferente, afinal se pensa apenas na saúde financeira daquela instituição, não há tantas variáveis como no setor público.


Chegou a hora de Romeu Zema mostrar todo compromisso depositado em seu governo pelos eleitores mineiros e encontrar uma saída. Recompor os salários é um ato necessário, mas, se ele for colocar freio aos avanços já construídos, pode impactar não só a vida do servidor e sim a de todos mineiros. Importante demonstrar que a população no geral tem a mesma preocupação. O salário mínimo é baixo para se viver, e a inflação está cada dia pior. Os servidores podem cobrar diretamente do governo, mas a população não só pode como deve direcionar o município, estado e a união através do voto depositado na urna a cada quatro anos.

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