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  • Foto do escritorREDE NOVA LIMA

Despertar para ações solidárias

Vidas Idosas Importam

Projeto Gentileza de Ser: solidariedade, empatia, respeito



Por Karoline Leite Guedes de Oliveira

O despertar para ações solidárias nasce dos corações que almejam uma vida digna. A referente busca origina-se por meio de pensamentos, gestos, palavras, olhares e sentidos/significados existenciais presentes nas interações cotidianas entre os indivíduos.


Aquele que vive a experiência humana na perspectiva da energia vital denominada amorosidade consegue amparar-se no “chão firme” da ação solidária de forma natural deixando rastros para que as boas práticas solidárias sejam perpetuadas.


Neste viés, ainda no ventre materno, o ato do beber e alimentar-se por meio do cordão umbilical materno constitui-se uma prática de doação, de entrega. Cada ação solidária no ventre parece imperceptível. Em pleno desenvolvimento, a criança internaliza posturas as quais literalmente carregará para a longevidade.



Os lampejos dessas ações impulsionam os sujeitos em sociedade a praticar, em sua essência, a solidariedade de modo que, ao experenciar no hoje, a colheita futura seja assertiva. Isso ocorre em função dos pequenos cidadãos que ocupam a primeira infância e aprendem nas experiências fundamentadas na corporeidade embasados nos direitos de aprendizagem, tais como: conviver, explorar, brincar, expressar-se, conhecer-se e participar (BNCC, 20017).


Temáticas como autonomia, liberdade, fraternidade, empatia, responsabilidade, esperança, otimismo, felicidade, carência, medo, superação e autoconhecimento são fundamentais para a compreensão acerca do conceito do envelhecimento. Nessa perspectiva, pode-se dizer que a arte da solidariedade é aprendida com a arte do longeviver.


E as pessoas idosas, como se encontram nesse espaço? Sabe-se que no cotidiano são apresentados cenários nos quais os sujeitos assumem os mais variados papéis. Na primeira infância, por meio do faz de conta, tem-se a cultura do espelhamento. Nesse espaço, as crianças projetam-se e assumem diversas posturas sociais. Cada vivência é construída na sua perspectiva particular, partindo do entendimento de que o sujeito necessita encontrar satisfação em cada faixa etária, aceitando as especificidades em cada uma delas (CÍCERO, 2010).


Considerando os aspectos mencionados, na contemporaneidade, as relações sociais entre as crianças, jovens, adultos e as pessoas idosas passam a ocupar um local de extrema importância na construção de um novo ideal de sociedade pautado na solidariedade. Assim, “como gotejos” solidários que se iniciam na infância devem tornar-se um oceano de possibilidades das subjetividades do longeviver. Estudos aprontam que manter a integridade subjetiva da pessoa idosa ocorre a partir da manutenção da self segura, ou seja, a percepção de deixar um legado material e espiritual, ou ambos, para filhos e netos implica no aumento da qualidade de vida (KIMMEL E COLABORADORES, 1974).


Para tanto, é necessário construir pautas com intencionalidade política que privilegiem ações concretas permitindo que sejam edificadas experiências em ambiente formais e não formais. Deste modo, a reestruturação para ações que cercam a arte do envelhecer de forma respeitosa, digna e solidária emerge a partir das análises dos documentos oficiais, constitucionais, curriculares e dos estatutos que norteiam a vida em sociedade. Assim, o aprendizado de práticas cidadãs solidárias pode ser, de fato, permanente e multiplicador.


Portanto, é notório considerar a urgência na criação de projetos nos quais haja a necessidade de envolver social e solidariamente ações que gerem sentimento de pertencimento para que, desde o nascimento, as crianças possam construir habilidades e competências socioemocionais a fim de que, no processo de envelhecer, sejam solidárias consigo mesmas e com os sujeitos que se encontram no seu entorno.



Autora: karoline Leite Guedes de Oliveira

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade da Região da Campanha (2009) e Mestrado em Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEDU) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2013). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em supervisão, coordenação e orientação educacional; ensino superior e ensino profissionalizante; ensino médio, fundamental e educação Infantil.


Atua principalmente na área de gestão educacional, ensino, pesquisa educacional, educação inclusiva, inclusão digital, letramento digital, infância, adolescentes e idosos. É idealizadora do Instagram @entrelacandosaberes, com o intuito de partilhar saberes, e voluntária nos grupos Vidas Idosas Importam.


No Portal Futuro, é mentora de cursos e assessora pedagógica. Implementou o Toni Itinerário - FTD na Escola Confessional em Natal-RN; atua como docente na Uninassau, em Natal-RN, no curso de Pedagogia, nas disciplinas Educação Infantil, Introdução à Pedagogia e Metodologia do Ensino da Arte. No projeto Ubíqua, coordena as disciplinas Andragogia, Educação Profissional, e Metodologia do Ensino de Ciências.


Atualmente realiza palestras para instituições de educação básica e ensino superior. No momento, leciona as disciplinas Educação de Andragogia, Formação Profissional e Metodologia do Ensino de Ciências.


Fotos: Pessoas Idosas de Teófilo Otoni-MG

Organizadora Ativista do Movimento Nacional Vidas Idosas Importam: Maria Aparecida Rocha Johnson

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