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  • Foto do escritorREDE NOVA LIMA

Eu conto um conto




A série de contos de autores nova-limenses foi um sucesso. A participação dos escritores, dos leitores e da comunidade do Rede Nova Lima acrescentou conhecimento, entretenimento e arte ao nosso cotidiano. Em homenagem a esse grande espetáculo, a coluna Eu conto um conto, desta semana, homenageia o autor do conto mais curtido no site redenovalima.com. Peter Rossi, o vencedor da maratona literária, é nascido em Nova Lima, pai de dois filhos, atualmente reside em Belo Horizonte, embora não se desvincule de sua terra natal. É mestre em direito, advogado atuante. É membro da Academia Nova-limense de Letras e do Instituto Geográfico e Histórico do Alto do Rio das Velhas. Além de escritor, é poeta, revisor e editor, com cinco livros já publicados.

1) Quando percebeu a sua vocação para literatura e como se deu a carreira?

R: Desde pequeno, por influência de minha mãe, era um leitor assíduo e colecionador de livros. Lia bastante, vivia com o livro na mão. Minha mãe, D. Sônia, sempre me incentivando. Ia sempre com ela às livrarias e me lembro bem de uma coleção juvenil que me encantava – Johnny Banca o Detetive, além dos livros da Lúcia Machado de Almeida.

2) Quais são as suas inspirações para ler e escrever?

R: Gosto muito dos clássicos e dos novos escritores nacionais, como por exemplo Itamar Vieira de Souza, Leila Ferreira, Miller Britto, dentre vários outros. A inspiração para escrever vem do mundo à minha volta. Às vezes em uma conversa com um amigo, surge uma história pitoresca e cuido de anotar os principais pontos no bloco de notas do celular e um tempo depois surge uma crônica. Adoro as palavras, quando ouço uma música ou leio algum livro, admiro alguma palavra ou expressão e também guardo. É como se fosse um estoque de matérias primas.

3) Qual o seu processo artístico? Quando começa a escrever tem alguma rotina, ritual, prática?

R: A vontade de escrever vem naturalmente e acontece praticamente todos os dias. Daí eu me preparo: coloco uma taça de vinho, ponho os fones de ouvido com músicas brasileiras, normalmente MPB, na maior altura e abro o computador. É como se desligar do mundo real. Ocorre uma verdadeira catarse, escrevo compulsivamente, sem me preocupar com correções. No dia seguinte, releio e vou corrigindo e inserindo novas ideias. Grifo as modificações em vermelho, para uma terceira leitura. A escrita fui melhor no final da noite, na madrugada.

4) Se você fosse escrever uma reportagem sobre você, diria que é um autor ácido, romântico, ou de que forma?

R: Sou um eterno romântico de tomara não seja o último. O mundo é muito melhor com as noções básicas de carinho e gentileza. Gente é pra brilhar, como falou Caetano. Agora, mais velho, percebo um ar de ironia nas minhas crônicas, porém sem perder a poesia, isso nunca!

5) Tem alguma obra sua que você vê como preferida?

R: Os livros são como filhos, cada um tem suas próprias características e juntos alcançam a admiração e o carinho do pai. Mas confesso que sempre o último escrito demanda cuidados e carinho especiais.

6) A escrita tem qual tamanho em sua vida?

R: Resumo a resposta a uma só palavra – essencial. Não vejo vivo sem estar escrevendo, é o ar que me supre.

7) Quantos livros publicados? Qual o gênero literário?

R: Tenho cinco livros já publicados, três de crônicas, um infantil e um romance. Mas tenho dois romances e um livro de poesias prontos, a publicar. No período da pandemia escrevi bastante.

8) Conte sobre a Academia Nova-Limense de Letras.

R: Uma honra ser membro da Academia de Letras de Nova Lima. Uma instituição séria e fundamental para qualquer sociedade. Disseminar arte e literatura é uma missão nobre e essencial que só fomenta o crescimento das pessoas. Temos planos na Academia de maior inserção na sociedade nova-limense, o que a pandemia nos impediu.

9) Quantos lançamentos já realizou em Nova Lima e quando?

R: Como escritor, devido a pandemia, isso ainda não aconteceu. Participei de feiras, mas como estou apalavrado com Bienal do Livro, não fiz lançamentos aqui. Agora, como editor, já participei de vários e vários lançamentos em Nova Lima, os livros da Else, da Cláudia da Mata, do Gilmar Dieguez, da Adriana Barbosa. Me perdoem se esqueci algum.

10) Fale sobre sua editora.

R: Na verdade o desejo de constituir uma editora nasceu do nosso inconformismo com as grandes empresas, que pouco se atentam aos escritores que estão começando. Munidos dessa intenção eu e o escritor Miller Britto, também membro da Academia Nova-Limense de Letras, fundamos a Sete Autores. Nosso interesse é fomentar a literatura, dando oportunidade aos jovens e àqueles que estão iniciando. Felizmente nossa proposta foi bem aceita, e já temos mais de quarenta títulos. Atualmente, estamos abrindo um novo viés na área jurídica, já estando com nove títulos editados.

11) Em uma frase: qual a importância da literatura?

R: A literatura é essencial para a formação da sociedade, um dos mananciais do crescimento humano.

12) Nos dê um conselho, especialmente para os jovens, sobre qual a importância de ler.

R: Leiam sempre, abasteçam sua alma de informações. A cultura é elemento essencial na nossa formação, repito.

13) Quais são os seus próximos projetos?

R: Como falei antes, tenho três livros prontos, pretendo lança-los até o final do ano que vem. Outro dia, revirando gavetas, encontrei diversas pastas com escritos da minha juventude. Alguns escritos a mão, outros datilografados. Estou separando o material para construir um novo trabalho.

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