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  • Foto do escritorREDE NOVA LIMA

Eu conto um conto



Série homenageia o trabalho de escritores nova-limenses


O Rede Nova Lima teve o prazer de publicar uma série de 10 contos produzidos por escritores nova-limenses. Artistas das letras que contribuíram de forma generosa para elaboração de um jornal multiforme. A importância desse momento está relacionada a um objetivo maior, talvez ainda tímido dentro da comunicação local, o de fortalecer a voz das pessoas de forma positiva, trazendo à tona o que há de melhor entre nós. O ciclo está completado, mas, nesta semana, antes do grande final, com a reportagem sobre o vencedor da coluna Eu Conto Um Conto, vamos retomar cada autor.


O espaço estreou com Roberto Marcio (escrito assim, sem acento mesmo), com o conto O grito recorrente, uma leitura para arrepiar os cabelos. “...Em algum momento, enquanto estava trabalhando diante do computador, Marlon escutou um som vindo do apartamento de baixo. Percebia que eram gritos de uma criança pequena...” . Logo em seguida, A rua do descanso,

do escritor Peter Rossi veio homenagear a belíssima história de Nova Lima, entre elas, as do ziguezague, que ele só. “Na noite vira uma passarela, e a gente tem a noção de que podemos ficar no começo com as peneiras em punho, a colher as estrelas que irão descer, bem devagarzinho, caminhando da esquerda para a direita e da direita para a esquerda”.


Na terceira edição, outra estreia, da jornalista Letícia Barros, em seu primeiro conto O sabor do nome dela, onde o Carnaval de Nova Lima é homenageado na história de seus foliões. “As fantasias engraçadas, os maiôs asa delta e os trajes minúsculos das mulheres mais lindas se dissiparam da minha mente. Só ela apareceu. Quase uma aparição, um anjo! Eu só pude ver aqueles olhos brilhantes, mel, sob a máscara do Carnaval”.

Já. Paulo Cezar S. Ventura compartilhou sua arte com o tema mais sagrado entre as mulheres no conto Mãe, mulher outra. “Um de meus filhos foi pego pelo lado ruim da rua. Meteu-se em encrenca com as gangues do bairro e, certo dia, apareceu morto com um tiro no peito. “As lágrimas veem aos olhos de Zara ao comentar isso. Pode-se perceber que a dor ainda é muito grande, embora um tempo longo tenha se transcorrido”. O escritor Desio Cafiero Filho enviou o engraçado, mas, reflexivo Um conto do Vigário. “Fernando Henrique da Silva é um cara peculiar: oriundo da cidade de Canta-Galo, no estado do Rio de Janeiro, chegou a Minas Gerais montado no lombo de um jegue que refugava sempre, quando algo lhe soprava à venta; avançando dois passos para a frente e quatro pra trás”.


O tocante conto O morto de Eduardo Sabino deu vida aos sentimentos e pensamentos de um menino em seu primeiro velório, com um final inesperado. “Quando chegamos ao coreto onde as pessoas estavam, mamãe de repente travou, respirou fundo e depois foi abrindo caminho até o morto. Era o primeiro que eu via fora da TV e achei-o decepcionante. Nos filmes de terror os mortos eram sempre assustadores”. Para as crianças, também teve surpresa. O conto Seu Amiguinho Robô, da escritora Nanci Otoni Oliveira de Faria. “...Lá no nosso cantinho, vivíamos as mais belas e inusitadas aventuras. Vou contar para vocês a nossa última, big, grande, ultra aventura. Ouçam. Analice pegou o pó de Zim-per-pi-lão de seu avô Gideão e resolveu usá-lo em nossa viagem...”.


A beleza está nos olhos de quem vê. A maldade também foi a história compartilhada por Adriana Liberta, num trocadilho bastante inteligente, que leva ao espelho. “Mas, naquele dia as coisas ao redor perderam foco. Ficou tudo embaçado e ele só conseguia ver, querer, sentir, desejar, alcançar aquela que apareceu em sua frente. Não a comeria - não era a intenção. Ele não era de matar também. Mas queria tocar”.


O penúltimo conto da série foi enviado por Else Dorotéa Lopes, professora e contadora de histórias, com o Quem fez esta bagunça aqui? “Moro em uma movimentada avenida no centro da cidade. Meu quarto fica nos fundos da casa. Quando mudamos para essa casa, escolhi o quarto dos fundos por dois motivos: por causa do barulho do trânsito na avenida e porque alguns da minha família disseram que meu quarto é muito bagunçado. Nos fundos fica mais escondido dos parentes faladores”.


No décimo conto, o Rede contou com a participação de Sônia Sérgio. Escritora, poeta, artista plástica, teóloga e membro da Academia Nova- Limense de Letras escreveu o esbaforido O enterro. “O cortejo saiu silencioso daquela casa coberta pelo luto, naquela cidade do interior das Minas Gerais e seguiu em direção ao cemitério. Cabeças baixas, lágrimas que insistiam em descer dos olhos cansados das noites mal dormidas, pés que se arrastavam colina acima em direção à última morada”.


O Rede Nova Lima agradece a participação de cada escritor, primeiro por ter aceitado o ofício de elaborar letras de maneira tão especial, depois por compartilhar esse trabalho. Na próxima edição, o jornal vai publicar uma reportagem sobre o autor do conto mais curtido no site: redenovalima.com. Então, caso não tenha lido, corre lá e marque sua preferência. A votação segue até esta terça-feira (03), às 19h.


Na próxima rodada de séries artístico-culturais, o Rede vai conversar com músicos de Nova Lima e publicar suas canções autorais. Caso você tenha sugestões de autores, aproveita e marca lá no site.



Sônia Sérgio

Escritora, artista plástica, teóloga, membro da Academia Nova-limense de Letras









Else Dorotéa Lopes


É professora e contadora de histórias, graduada em Pedagogia e pos-graduada em Literatura Brasileira. Escreve contos a aldravias. Fundou a Academia Nova-Limense de Letras e é a sua primeira presidente.








Adriana Lopes Barbosa

Nasceu em Nova Lima. Filha e neta de professoras, seguiu neste caminho, sempre acreditando na educação e na arte como ferramentas para uma comunicação mais saudável entre as pessoas e um passo importante para a conquista da paz. É formada em Comunicação Social pela PUC, cursou mediação de conflitos na Espanha e atua como professora waldorf em Nova Lima há mais de dez anos.





Nanci Otoni Oliveira de Faria é uma mineira apaixonada por poesias. Ela nasceu em 1964 na cidade de Nova Lima e escreve em versos e prosa. Formada em Letras, Pedagogia, Psicopedagogia, Life Coaching, Terapeuta Financeiro, PNL e Hipnose Clínica. Nanci faz parte da Academia Nova-limense de Letras e ocupa a oitava cadeira, tendo como patrono o escritor Bernardo Guimarães.






Eduardo Sabino é natural de Nova Lima e membro da Academia de Letras da cidade. Escritor e editor, cofundador da Caos e Letras, publicou quatro livros de contos, entre eles Naufrágio entre Amigos (Patuá, 2016) e Estados Alucinatórios (Caos e Letras, 2019). Com o conto “Sombras”, venceu o Prêmio Brasil em Prosa 2015, organizado pela Amazon e o jornal O Globo. Em 2020, seu conto “Samuel e Samael” ficou entre os finalistas do Prêmio Odisseia de Literatura Fantástica. Seus livros estão à venda no site caoseletras.com e na Amazon. O conto “O morto” integra a coletânea


Desio Cafiero Filho é escritor, Poeta, Historiador e Ambientalista. Membro fundador do IHGARV-Instituto Histórico e Geográfico do Alto Rio das Velhas; e da Academia Nova-Limense de Letras. Também co-fundador do CODEMA e ex-Secretário de Meio Ambiente de Raposos; além de membro fundador e primeiro Presidente da BRIGADA I (ONG ambientalista, com objetivo de prevenção e combate a incêndios florestais, trabalhando junto a Parques Ecológicos e Unidades de Conservação; dando ainda treinamento e capacitação a outras brigadas).


Paulo Cezar Santos Ventura atua como escritor de Poesias, Microcontos, Crônicas e livros Infanto-juvenis e publica artigos de Divulgação Científica em jornais e blogues. É membro da Academia Novalimense de Letras, da cidade de Nova Lima/MG, onde reside, e também editor da Rolimã Editora Ltda. A Rolimã Editora, iniciando no mercado, publica livros infantojuvenis, preferencialmente, e conta com um acervo de 30 títulos e mais 30 no prelo para lançamento próximo.







O cronista Peter Rossi compartilhou com o Rede Nova Lima uma das suas obras mais devotas à Nova Lima. A leitura da semana é por conta dele. Acompanhe conosco o belo trabalho do artista.







Letícia Barros é formada em jornalismo pelo Centro Universitário Uni-BH.













Roberto Marcio





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