Além da greve das forças policiais, o governador Romeu Zema enfrenta, agora, as reivindicações dos professores da rede estadual de educação, que resolveram cruzar os braços, buscando a tão falada recomposição salarial. Sabe-se que o governador já deixou claro que prefere não ser reeleito do que ser considerado culpado de um estado inviável causado pelo real impacto gerado por todo esse aumento solicitado pelos servidores da educação e da segurança do estado.
O impacto de toda essa manifestação será visto não apenas nas próximas eleições, mas sim, na casa de cada cidadão que necessite do uso das escolas públicas, pois diferente do impacto gerado pelas forças policiais que é direto e perceptível a curto prazo, o impacto gerado pela paralização de todo sistema de educação é de médio a longo prazo, onde nossos alunos que já sofreram com um ensino remoto sem estrutura por quase dois anos, têm o direito de estudar anulado pelas paralizações e greves.
Deixo claro que não existe lado certo ou errado, quando falamos em greve por questões salariais, temos que ter a clara noção que os educadores não cruzaram os braços para descansar, e sim para lutar pelo ganha pão diário, onde os seus salários são engolidos mês a mês pela inflação e nem o mínimo ajuste parece vir sem luta. Os professores da rede municipal de ensino de Belo Horizonte parecem aderir ao movimento pois encaram uma realidade que nem o piso salarial da categoria é pago, para o servidor público, parece que entra governo, sai governo, a realidade não muda, e ninguém se preocupa com as reais condições de salário e trabalho.
Parece ser a labuta diária de todo servidor público, lutar e lutar pelos seus direitos. A verdadeira solução está sempre no diálogo e na conversa, já ficou claro que não existe possibilidade do governo aceitar 100% do que se luta, mas os movimentos já vêm gerando grande pressão para uma solução. O que não podemos é ficar com as forças policiais paradas e as escolas fechadas por muito tempo, temos que juntos construir o futuro, e o mesmo está ligado diretamente aos alunos estarem dentro da sala de aula.
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