Ziguezague Esportivo
Neste sábado, 05 de março, teve um jogão de bola pela nona rodada do Campeonato Mineiro de Futebol. O Villa Nova encarou o América Mineiro no Independência e levou o jogo por 1X0. Bem lembrado pelo narrador da partida, as ousadas investidas dos jogadores do Leão, definitivamente, mostraram “O Villa não morreu, nem morrerá”. Teve batida de branquinho, de fora, buscando o ângulo; defesaça do goleiro Glaycon, que buscou longe muitas vezes; ataque muito bem articulado e ofensivo em alguns momentos do jogo, gol impedido e golaço do camisa 11. Os dois times jogaram super bem e a vitória garantiu ao Villa três pontos, que agora encosta no G4.
Bate papo esportivo
Nessa semana, eu bati um papo bem legal com a Anna Camila, CEO da Team Assessoria Esportiva de Nova Lima. A Team desenvolve um trabalho de treinamento técnico para atletas que querem ampliar e aperfeiçoar na corrida e treinamento funcional, seja ele individual ou em grupo. Gente, Anna é minha treinadora e descobri, em nossa conversa, que ela é atleta da Confederação Brasileira de Atletismo, olha que tudo! É a mulherada mostrando que veio ao mundo para botar pra quebrar!
Novalimense de coração e Uberaba como sua terra natal, a mineira Anna arrasou nas pistas de atletismo pelo país afora e faz com que seus alunos arrasem nas pistas atualmente, atingindo seus objetivos. Dona de um sensacional currículo, ela tem o atletismo como paixão e leva isto para seus alunos na pista. Graduada em Educação Física, pós-graduada em Treinamento Especializado e Funcional para Corrida; cursou Administração e Marketing Esportivo, cursou TCR – Treinamento em Corrida de Rua e Treinamento Multifuncional, no 11º ENAF BH.
Registrada no Conselho Regional de Educação Física – CREF sob n° 13.145-G/MG, Árbitra Nível C da Federação Mineira de Atletismo e Atleta registrada sob n°19.043 na Confederação Brasileira de Atletismo; três vezes medalhista nas Olimpíadas Universitárias – JUB´s – 2004, 2005 e 2007; duas vezes medalhista em Campeonatos Brasileiros de Atletismo – 2002 e 2007; 17 vezes Campeã Estadual do Salto em Distância; recordista estadual dos 100 metros com barreiras, 200 metros rasos e do Heptatlo.
Finalista no Troféu Brasil de Atletismo Adulto na prova Heptatlo – 2005; 07 vezes Campeã Estadual do Heptatlo; 15 vezes Campeã Estadual do Salto Triplo; atleta da Seleção Brasileira de Atletismo em 2002, Campeonato Mundial Estudantil em 2002 e, em 2006, Campeonato Sul-americano.
Amanda: Quando e como surgiu a ideia da TEAM Assessoria?
Anna: A TEAM surgiu do desejo que eu e meu marido Wesley tínhamos de que outras pessoas pudessem sentir todas as emoções, sensações que nós sentimos como atletas e tanto fizeram bem para gente, tanto nas questões físicas como emocionais. Em 2014, propusemos um desafio a um grupo de mulheres de um projeto que estávamos envolvidos. O desafio durou seis meses, sendo que elas treinaram e participaram de uma corrida de 3 km.
Ao final deste período, todas correram, não só 3 km, mas 5 km, pela primeira vez, e a partir daí, demos continuidade aos treinos de corrida. Assim nasceu a TEAM.
Amanda: Que valores você define para si mesmo como treinadora de uma equipe?
Anna: Prezo muito pelo profissionalismo, tenho uma responsabilidade muito grande, que é trabalhar com os objetivos, os desejos e até os sonhos das pessoas. Então preciso ter muito respeito e empatia pelos alunos. E a confiança em nosso trabalho é fundamental para o alcance das metas, então por isso, é tão importante o profissionalismo. Além, claro, do conhecimento adquirido de forma acadêmica e pela vivência de mais de 10 anos como atleta.
Amanda: De onde vem sua paixão pelo atletismo?
Anna: Caramba! É um amor que é até difícil de explicar. Mas vem da adolescência, quando comecei a praticar o atletismo de pista. Aos 15 anos comecei a treinar e competir. À medida que fui me desenvolvendo no esporte, ia sentindo as boas sensações que o esporte proporciona, então mais ia querendo estar naquele meio. Venci muito, perdi também, conquistei amigos, formei minha personalidade com o atletismo, me formei no ensino médio e na faculdade por causa do atletismo, me casei com um também atleta de atletismo e hoje escolhi o atletismo como profissão.
Amanda: A corrida de rua tem crescido muito nos últimos anos, todo mundo diz que é só colocar um tênis e correr. É isso mesmo?
Anna: Mais ou menos (risos). Concordo com a expressão pela simplicidade da modalidade que não exige equipamentos e nem locais muito sofisticados para a prática. Mas, a questão é que utilizam esta frase para justificar a falta de planejamento, de metas e objetivos claros e até mesmo a não necessidade de um acompanhamento profissional. Mas, não é bem assim, pois, como qualquer exercício físico, a corrida também requer metodologia, orientação e acompanhamento profissional para alcançar as metas, por mais simples que elas pareçam.
Amanda: Em Nova Lima, quais suas perspectivas para o esporte, em especial, a corrida?
Anna: Olha, há tempos eu não vejo o esporte em Nova Lima tão bem tratado. É possível acompanhar que, hoje, existe diversificação de modalidades antes deixadas de lado e existe a valorização dos atletas da cidade. Em relação à corrida, enxergo boas perspectivas. É uma modalidade ainda em crescimento na cidade, por ser tão democrática e prazerosa, sendo que os benefícios para o corpo e para a mente são visíveis, o que motiva novos adeptos a todo instante.
Amanda: Que conselhos você costuma dar aos seus alunos?
Anna: Acredito que o mais importante é que tento fazer a todo instante: é motivar os alunos, ajudá-los entender que eles são capazes de conquistar o que quiserem, só precisam se dedicar. E digo sempre a eles: acreditem nas orientações dos treinadores, confiem no planejamento que o sucesso vem.
Amanda: Qual é a mensagem que o esporte passa para as pessoas, em sua opinião?
Anna: O esporte ensina valores que são usufruídos em qualquer área da vida. Disciplina, dedicação, persistência, colaboração, amizade. São tantos que poderia listar aqui inúmeros. Claro, além, de mostrar que praticar esporte muda o corpo e alivia a mente – “Corpo são, mente sã”. Vale a pena, é preciso começar, e nunca mais vai querer parar.
A 27 Voltas é logo ali
Domingão de carnaval... fui fazer um corre, ou melhor, um hiking ali na cachoeira das 27 Voltas. Você leitor, sabe o que é? A palavra significa uma caminhada, de curta duração, geralmente autoguiada de poucas horas e que não é necessário acampamento ou alojamento. No linguajar popular é um bate e volta pela natureza, curtindo belas paisagens naturais. Então, fui levar uma galera lá. Não é uma caminhada fácil de fazer, pois, são 18 quilômetros, isso mesmo, 18 no total! Tem que ter preparo e muita disposição.
O caminhante é contemplado pela vegetação que mescla Mata Atlântica, Cerrado e Campos Rupestres, elementos de belas visões e paisagens fantásticas. Dependendo da época do ano que se caminha, observa-se um borboletário que se forma pela margem da trilha. Os antigos moradores contam que ela tem esse nome, pois, até chegar à cachoeira são 27 voltas e existe uma lenda que diz que, quem tenta contar essas voltas perde a sanidade.
Nunca me arrisquei a contar, sendo que no caminho, a gente consegue se desconectar do mundo e ficamos tão distraídos que acabamos perdendo a conta. A trilha das 27 Voltas é muito utilizada para prática do mountain bike, mas, nada impede a prática do hiking, trekking, trail run, entre outros.
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