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  • Foto do escritorLetícia Barros

O selo da água

Ponto de Vista



O nome não é atraente... PW5660. Mas, a função pode garantir a vida da raça humana em um futuro muito próximo. O assunto é segurança hídrica, saúde pública e qualidade de vida. Isso é o que promete o aparelho desenvolvido no Brasil, pela PWTech, uma startup voltada para soluções das águas, e que identifica-se como conectada e tecnológica, diante de uma população cada vez mais urbana e poluente.


Dados divulgados pela ONU revelam que, até 2030, aproximadamente 5 bilhões de pessoas viverão nos centros urbanos, o que corresponde a 60% da população mundial. Contudo, em boa parte do Brasil e do mundo, a falta de planejamento para comportar o crescimento acelerado de novos moradores é um assunto controverso, especialmente quando se trata de saneamento básico e distribuição de água potável. Em Nova Lima, a situação é precisamente real.


O esgoto lançado em mananciais e cursos d’água chega a ser fora da racionalidade, visto a importância do recurso, as excelentes condições financeiras atuais do poder público e a riqueza natural da cidade, que, inclusive, quando se fala de águas, abastece milhões de pessoas. Diante da ameaçadora extinção do minério e das vacas gordas que recheiam os cofres públicos atualmente, o momento deveria ser de investimento em soluções como a PW5660. Tecnologias que promovam energia limpa, utilização dos recursos de forma renovável e com menos desperdício.


Mas, não. O que se vê em Nova Lima é a poluição de nascentes, riachos e aquíferos. O Parque Natural Municipal Rego dos Carrapatos, por exemplo, é uma “canaleta” natural de esgoto, a céu aberto. A espuma branca que se forma em suas corredeiras são de confundir o próprio nome do lugar, não faz sentido. Uma realidade que se repente na maioria das fontes de água do município. Olha que são centenas delas. O conceito de cidade inteligente, as Smart Cities nem esbarra nos rumos que Nova Lima tem seguido.


Especialistas internacionais difundem o novo conceito a fim de incentivar a criação de soluções que otimizem as grandes cidades, tornando-as melhores e mais astutas. Os trabalhos revelam que o reaproveitamento, a despoluição e a captação de água da chuva serão as principais soluções para um futuro sustentável, que neste texto, deve-se ler sobrevivência.


A falta de solucionar a questão é um problema trágico, sendo que já existem soluções simples, como o equipamento capaz de despoluir quase 6 mil litros de água em 24 horas e que funciona por meio de energia solar — tudo validado pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O purificador pensado para ser portátil, de baixo custo e ecológico foi apresentado para autoridades de todo País no Simpósio Nacional de Cidades Inteligentes como uma proposta eficiente de saneamento para Smart Cities.


Apesar deste tipo de assunto não ser atraente para o grande público, de envolver nomes técnicos, que não colam e vendem como chiclete, é imprescindível que esteja em foco nos diversos ambientes sociais e que seja um investimento das autoridades e uma cobrança da população, tão discutido e amplamente debatido como algumas bandeiras ou assuntos midiáticos são. O noticiário diário, as produções artísticas, os produtos mais vendidos deveriam carregar o selo da água. Não pensar nisso é o mesmo que cometer genocídio.



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