google-site-verification=sG-CyGQ4ZcEyYyR2Qod5twFBfpvjVj6Jn8-ooEdbdFU
top of page
  • Foto do escritorLetícia Barros

Ouro verde

Você Sabia?


Nova Lima tem pau-brasil e a riqueza desse cedro é arrogante, claro, no bom sentido, sabia? Em primeiro lugar, a árvore deu nome ao país dos brasileiros. Em segundo lugar, ela ajuda a compor um dos maiores poemas da vegetação do Brasil, a Mata Atlântica. Para acrescentar, a espécie vigorou a ocupação da nação há mais de 500 anos, mas, a história parece ser mais longa ainda. Acredita-se que há milhões de anos predominava em todo o planeta Terra o clima típico dos trópicos, e a vegetação no Brasil já existia na sua forma exuberante. Porém, esta condição ambiental contínua, sofreu alterações pela ocorrência de cataclismas geológicos e períodos de frio intenso, isto é, períodos glaciais, causando modificações na topografia e no clima da biosfera terrestre.

A vegetação que era adaptada a um clima quente e úmido, devido ao resfriamento intenso dos polos, passou a ocupar apenas uma estreita faixa da Terra, a região tropical situada entre os trópicos de Câncer e Capricórnio. Fatores como a presença de luz, calor e umidade durante todo ano, possibilitaram que o Brasil possuísse ecossistemas singulares como a Floresta Amazônica, Mata Atlântica, e outras formações vegetais que se mantiveram originais até a chegada dos portugueses, compreendendo uma área de aproximadamente 5,2 milhões de quilômetros quadrados, sendo ocupada até então, apenas por indígenas.


Em 1500, a chegada dos portugueses nessa terra encontrou com esta árvore, a qual os indígenas utilizavam para a confecção de arcos, flechas, e para pintura de adereços, aproveitando um corante vermelho intenso extraído do cerne. A técnica foi ensinada aos portugueses, que de pronto não perderam tempo. Os próprios índios foram encarregados de cortar, aparar e arrastar as árvores até o litoral, onde carregavam os navios a serem enviados para a Europa. O ciclo econômico teve início em 1503 e até 30 anos após a chegada dos portugueses, era o único recurso explorado pelos colonizadores. Nesse período calcula-se que foram exploradas 300 toneladas de madeira por ano, sempre aumentando nos anos posteriores. O carregamento da madeira era enviado para Portugal e, de lá, a matéria-prima era enviada para Antuérpia, na Bélgica, de onde seguia para os principais consumidores, a Inglaterra, Alemanha e Florença, na Itália.


O principal valor residia na produção de um princípio colorante denominado brasileína, extraído da madeira, usado para tingir tecidos e fabricar tinta de escrever. A cor vermelha de dentro, do cerne, rendeu-lhe o nome associada à brasa. Bom, 523 anos depois, não existem muitos exemplares do pau-brasil, sendo considerada uma espécie em extinção. No entanto, ainda é utilizada na fabricação de arcos de violino, ou seja, continua a agradar o mercado europeu. A sorte é que, mesmo escassa, o nova-limense que quiser ver essa relíquia de pertinho, é só observar a mata em volta, certamente, vai encontrar a espécie.



9 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page