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  • Foto do escritorLetícia Barros

Sociedade dominó

Atualizado: 23 de mai. de 2022

Coluna: Ponto de Vista





O sinal de que as coisas vão bem com o organismo humano é: a função de cada sistema, que é o conjunto de órgãos que realizam funções essenciais para a manutenção da vida, estar em plena atividade. Respiração, pressão sanguínea e temperatura normais, além de alimentação e necessidades fisiológicas em dia, são sinais clínicos, ao alcance do olhar da pessoa comum, não profissional, que indicam normalidade. Por exemplo, antes de um desmaio, a pessoa perde a cor natural da pele e geralmente apresenta suor intenso. Uma pessoa com ataque de ansiedade não respira com boa frequência; uma pessoa com pneumomia também pode apresentar respiração alterada.


No caso da saúde humana, a anormalidade dos sinais do corpo indicam que há algo de errado e cada caso necessita de um diagnóstico e de um tratamento específico, quando há tratamento. A cidade pode ser analisada da mesma forma. Um tecido social saudável é viçoso, tem brilho, cor, se desenvolve com naturalidade e homogeneidade. Ruas limpas, capina bem feita em todas as regiões, prédios públicos conservados, atendimento de excelência para a população, praças bem cuidadas, infraestrutura conservada e em funcionamento são alguns dos sinais de que a gestão pública está bem das pernas.


É claro que a população não vota em um “grupo”. Ops... digo grupo, pois, prefeito, governador ou presidente não governam sozinhos; eles personificam o poder distribuído entre as organizações do próprio governo, mas, os braços são muitos. Pontuada a questão, voltando ao ponto central... É claro que a população não vota em uma equipe desejando, apenas, que ela não vacile os passos. O voto do povo é sagrado e pede mais.


A saúde do tecido social espera desenvolvimento, educação, saúde, cultura, meio ambiente preservado, estrutura e infraestrutura, essas relacionadas aos recursos físico, humano e de serviços. Quando o desarranjo nesses quesitos está alto, a população sofre, e pior, acredita estar impotente perante a situação. Claro, um povo enfraquecido é mais facilmente dominado. A pessoa que olha para si no espelho e não se compreende, não se abraça, perde a esperança e a força de vida. O povo que se vê sem alternativas, não enxerga perspectivas de melhoria e a consciência coletiva desmorona.


A autoestima baixa da população leva às urnas para uma disputa de Don Juan. Induz quem falar melhor ao pé do ouvido. É a arte do engano. Enquanto você olha para a performance do mágico, não enxerga a técnica utilizada para que o número dê certo. Enquanto a pessoa olha para um lado, esperando um ataque vil, o criminoso está do outro, pronto para quebrar o pescoço da vítima. È um esquema bem arquitetado, onde o interessado tem a senha do seu coração, sabe o tamanho do seu pé.


Exagerada opinião e fortes palavras? Talvez, não. Para evitar ser pego no conto do vigário, a responsabilidade do eleitor é pesquisar. Faça as perguntas certas. Antes de perguntar, estude bastante o assunto, para ter certeza de que seu candidato está respondendo a verdade. Esconder-se atrás de assuntos polêmicos é fácil de escorregar a imagem negativa. Difícil é responder sobre quem serão os ministros, os secretários, o gabinete. Com quem seu eleito caminha? Provavelmente, com quem ele combina.


Essa receita intrigante, ousada, é para as eleições deste ano. Para os governos já instituídos, com 2,5 anos para frente, a orientação é a mesma. Perguntem. Pesquisem seriamente as ações de cada secretaria e ministério. Incentive quando preciso, cobre e compartilhe sua voz quando os poderes, no caso os três, Legislativo, Executivo e Judiciário não condizerem com a norma, com a ética ou com a moral. Além disso, coopere com o próximo em todo o possível. A civilidade e a boa convivência auxiliam o bom andamento da sociedade dominó.



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