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  • Foto do escritorREDE NOVA LIMA

Uma experiência dolorosa na UPA de Nova Lima

Um homem de 47 anos precisou de atendimento odontológico de urgência na UPA de Nova Lima e conta que passou por uma experiência dolorosa, com risco de desenvolver infecção generalizada e chegar a óbito. Segundo o professor de inglês Joseph Padley, a dentista da unidade o atendeu e realizou um procedimento inteiramente inadequado ao caso. Ele teve que procurar recurso em outra cidade, mas, antes disso, viveu horas de agonia, ao ponto de ter que tirar em casa, sozinho, o curativo feito na UPA.





Primeira viagem

Ele procurou atendimento devido ao inchaço e alto grau de dor na face decorrente de uma infecção gerada por um dente quebrado. Horas depois de passar pelo procedimento, o rosto do homem ficou desfigurado devido ao agravamento da infecção. “Até agora não sei como consegui suportar a dor. É impossível explicar a agonia que passei, olha que sei me controlar, normalmente”, explica.


De acordo com a fonte, o primeiro atendimento foi moderado, um tanto quanto breve. “Nada é rápido o suficiente para quem está sofrendo uma dor daquelas. Mas, fui atendido, medicado e fui para casa até tranquilo”, comentou. Em casa, ele começou a tomar antibiótico e anti-inflamatório conforme a prescrição, mas em algumas horas a situação evoluiu para pior. “Meu rosto começou a inchar ainda mais, a dor era dilacerante, ao ponto de não conseguir me levantar do chão. Foi uma tortura”, lembra.


Retorno às pressas

Por volta das 17h30, Joseph retornou para UPA acompanhado pela esposa e filho. Agitado, não foi bem compreendido na recepção, pois, não conseguia se comunicar, apenas, gritar de dor. Entre o atendimento e o desentendimento, ele esperou, cerca de 1h30, mesmo apresentando um quadro de dor violenta. “A hora em que a médica apareceu no acolhimento, minha esposa, gentilmente, tentou conversar com ela e explicar o caso. Ela estava resistente, pois, se tratava de dor de dente, na cabeça dela, um caso para dentista. Bom... ela ignorou a minha mulher, não a respondeu e passou por ela com se fosse uma porta”, conta.


A rudez do atendimento e falta de empatia, no segundo atendimento, além da falta de habilidade profissional da dentista no primeiro atendimento, somaram a conta. “Assim que entramos, a médica pediu para minha esposa sair da sala. Ainda gentil, ela respondeu. ‘Mas, meu marido não consegue ao menos falar’. Então, só então a médica percebeu meu rosto desfigurado e que estávamos acompanhados de nosso filho, de quatro anos apenas. Não estaríamos ali se não fosse urgentíssimo”, frisa. Desse momento para frente, ela disse: ‘vou te ajudar’.


Aflição na madrugada

Joseph conta que recebeu morfina e foi liberado. A dor passou por algumas horas, mas, às 2h da madrugada, a família, inclusive a criança, teve que voltar a UPA, sendo que, com uma das faces completamente desfigurada, mal conseguia andar. Praticamente, o mesmo tratamento foi dado e informado que deveria voltar às 7h da manhã, para ver a dentista. Desesperado, a alternativa do paciente foi retirar, ele próprio, o curativo colocado no dia anterior. “Um tratamento equivocado, que demonstrou despreparo, se não negligência da profissional”, lamenta.


Tratamento em outra cidade

Fragilizados pelo atendimento precário na saúde em Nova Lima, o casal decidiu ir a outra cidade, indicado por uma amiga, consultar, também pelo SUS, mas, dessa vez, com a certeza de que naquele novo local, a intervenção seria correta. “O dentista que me atendeu disse que foi uma sorte eu conseguir tirar o curativo, pois, poderia evoluir para septicemia e chegar à morte. Fiquei em choque. Lembro que as coisas não eram assim em Nova Lima, mas, de um ano para cá, a saúde não é mais a mesma”, aponta.


Hoje, Joseph está terminando o tratamento, em casa, com anti-inflamatório e antibiótico, sendo que não pretende voltar a se consultar, no SUS, em Nova Lima. Ele aderiu a um plano de saúde e vai continuar o tratamento com o médico em outra administração pública, até que o tempo de carência se cumpra. “Vou pagar um plano de R$ 100,00, com abrangência para mim, meu filho e esposa. Aí eu penso. Na rede privada, eu consigo todo tipo de tratamento, inclusive, ortese e prótese, por esse valor. Como, por Deus, numa cidade igual a Nova Lima, a gente não consegue nem um pouco de dignidade, mesmo diante da arrecadação milhonária? Ficam a dúvida e a indignação”, finaliza.

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